Identidade Digital da Perspetiva de um Millennial
- Luís Pedro Monteiro
- 12 de fev. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 30 de mai. de 2023
Enquanto millennial, acho fundamental que se comece a pensar em abrir um espaço abrangente à discussão sobre o tema "Pessoas e Tecnologia".
Tenho estado longe da generalidade das redes sociais ao longo do último ano por razões profissionais. Em 2018, decidi voluntariamente demitir-me da empresa onde trabalhava com o propósito de iniciar um desafio a título independente.
E tornou-se numa jornada árdua, exigente, mas preenchida pela satisfação dos desafios enfrentados numa oscilação entre ser o chefe, trabalhador, secretário, o tipo da estratégia, o tipo de vendas e tudo isso num misto de dias de glória, outros de deceção.
Tornou-se numa viagem longa, difícil, que apelou à coragem e resiliência, mas profundamente desafiadora e que sobretudo me dá um orgulho imenso de sempre ter seguido as minhas convicções.
Decidi começar a realizar transcrições jurídicas, pareceu-me uma área onde seria possível cumprir um dos objetivos a que propus: começar a prestar serviços à distância; serviços que considerei uma séria e honesta possibilidade de demonstrar a mim próprio que vivemos num mundo diferente e trabalhar à distância é uma realidade perfeitamente normal.
E a passo e passo fui descobrindo, investigando, cá dentro, lá fora; realizando uma transcrição mais significativa, esperando semanas por aparecer outra, que a pouco e pouco demonstraram seriedade e profissionalismo - que sempre considerei ter, apenas a elevei a outro nível - e os clientes foram recorrendo uma, outra e outra vez.
Decidi preparar um modesto escritório, não tenho dúvidas de que os tempos pós-modernos que vivemos nos permitem mudar o paradigma tradicional do mercado laboral, basta sermos sérios, honestos e desenvolvermos uma disciplina inabalável. E foi isso que levou a criar o meu escritório. Sei que existe a conceção de que trabalhar à distância é sinónimo trabalhar de pijama, misturar escritório com sala, quarto, cozinha, etc. E, de facto, será assim nalguns casos. Eu, pelo contrário, não seria funcional desse modo, daí que a única diferença entre o regime empresarial tenha sido a circunstância de passar longas horas sozinho. O que me permitiu focar a maior parte do tempo, aprender nos tempos livres. E a pouco e pouco, a disciplina desenvolvida levou a que horário de trabalho passasse a começar às 6h00 e com prolongamentos até às 22h00/23h00 na maior parte dos dias. Horários com os quais creio que muitos colegas Advogados se identificam.
Sobre estas matérias, as aprendizagens que fui adquirindo, as dificuldades que foi enfrentando, os princípios que fui percebendo serem fundamentais para a prestação de serviços à distância, irei partilhar com quem possa interessar através da minha lista de contactos, onde já consegui reunir algumas pessoas que acompanharam parte do meu trabalho ao longo de 2018 e 2019.
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