Trabalhador Remoto. 09 regras básicas de produtividade.

1) Preparar um espaço próprio, organizado e funcional para o desempenho da atividade profissional;

2) Definir um horário de trabalho que atenda a alguma rigidez. Eventualmente, terá de ser mais alargado do que o horário normalmente praticado na empresa. Propósito: (i) combater as quebras naturais de disciplina; (ii) recuperar tempo gasto em interrupções necessárias (p.e., reuniões virtuais), mas profundamente prejudiciais à manutenção da concentração;

3) Planear as tarefas/atividades com a devida antecedência. Uma boa prática: no final do dia, deverá preparar-se o dia seguinte. Preparar de manhã também é possível, mas não aconselhável. Preparar no dia anterior, não permite somente definir as tarefas a realizar, mas também a transposição prioritária de algumas que ficaram por realizar nesse mesmo dia.

4) Método tradicional, mas relevante no psicológico do trabalhador remoto: escrever em papel físico os objetivos do dia de trabalho, eliminando-os na medida em que são concluídos. Gera sentimento de realização, gera entusiamo para seguir em frente e concluir a próxima tarefa.

5) Proibir interrupções, se possível, de modo absoluto. No caso de muitos trabalhadores remotos que vão estar a trabalhar com as famílias em casa, é importante determinar o respeito pelo horário de trabalho; não interromper para café, não interromper ver uma notícia, não interromper "só um minuto", não interromper pura e simplesmente.

6) Evitar redes sociais. Nem nas empresas muitos conseguem cumpri-lo, mas é uma medida necessária enquanto trabalhador remoto. É possível recorrer nos momentos de pausa, mas é recomendável evitá-lo. Talvez seja o fator de maior quebra de disciplina. Simon Sinek, em função de estudos realizados, concluiu que a generalidade das pessoas acede às redes sociais, em média, 150 vezes por dia. O mais grave para o trabalhador remoto é não ter a disciplina suficiente para usar somente 10 minutos, passando rapidamente a uma, duas, três, quatro horas. Pior do que isso: quebra a concentração necessária, que é mais frágil quando se trabalha a partir de casa;

7) Evitar posturas poucos profissionais. Recentemente, tem-se visto alguns profissionais que publicam conteúdos elogiando o conforto de trabalhar em casa, por exemplo, o uso de pantufas em casa, etc. É um erro grave. Para quem trabalhe dois ou três dias em casa, nada tem de mal; para quem não tenha uma previsão do período que o irá fazer, é declarar um inimigo à disciplina. E disciplina não releva só no cumprimento de objetivos, releva como postura geral por forma a manter o foco e entusiasmo necessários para combater os momentos de solidão;

8) Desporto antes de iniciar o horário de trabalho, é uma boa medida para ativar o metabolismo corporal; uns minutos de meditação após o desporto e antes de a jornada se iniciar, também é uma prática saudável. Claro, uma alimentação regularmente saudável também é da maior importância. Quem nunca teve aqueles períodos sonolentos no trabalho após a hora de almoço? Enquanto trabalhador remoto, a acontecer, é mais difícil conseguir ser disciplinado o suficiente para evitar uma breve sesta. Acontecendo em qualquer circunstância, é de recorrer imediatamente a métodos que eliminem esse estado de cansaço ou sonolência.

9) Descansar. Um trabalhador remoto, que cumpra todas as regras anteriores, que chegue ao final do dia e tenha sido produtivo, sentirá um orgulho próprio mais substancial face ao sentido a trabalhar na empresa. Deve-se a um conjunto de fatores psicológicos, o principal deles: sentimento de autonomia, ainda que o trabalho remoto, em contexto empresarial, não signifique total ausência de controlo.